A tradicional Prova Rústica Tiradentes de Maringá em 2017 custou ao município o valor líquido de R$ 125.262, segundo o Observatório Social. Na época, havia cobrança da taxa de inscrição. Em 2018, a prefeitura decidiu retirar a taxa e a corrida custou aos cofres públicos pouco mais de R$ 404 mil.
No ano passado, foram 6.827 inscritos, mas 5.041 compareceram. Com isto, o Executivo teve prejuízo de R$ 44.821 somente com os kits adquiridos para 1.959 participantes que não foram. Para a edição deste ano, a entidade alertou a prefeitura de que o ideal, para equilibrar as despesas, seria retornar com a receita das inscrições, mas continuou sendo gratuita. A explicação é da presidente do Observatório Social de Maringá, Giuliana Lenza.
A CBN questionou a prefeitura sobre os gastos com a Prova Rústica Tiradentes 2019, já que a corrida deve custar R$ 610.600 aos cofres públicos, conforme consta no balanço do Observatório Social de Maringá. A resposta foi a seguinte: “O Executivo entende que a Prova Rústica Tiradentes tem um perfil muito particular enquanto competição e evento de integração da comunidade. É um evento de características festivas, em que pese seu caráter competitivo. A gratuidade cumpre objetivo de estimular a participação popular e trata-se de um investimento na promoção da saúde, enquanto a prova também é uma forma de estimular a prática de exercícios”.
Neste ano, a corrida terá oito mil participantes, de 223 cidades e dez estados do país. Os gastos são variados, com estrutura, decoração de palco, premiações, kits para atletas, água e barras de cereais ou frutas aos participantes, banheiros químicos, entre outras despesas.