A Confederação Brasileira de Vôlei cancelou a Superliga Masculina 2019/2020. A decisão é do início desta semana e teve apoio de sete dos 12 clubes participantes do torneio. O motivo: a pandemia de Covid-19. Em nota, a CBV registrou ter sido essa a melhor decisão para cuidar dos atletas e de todos os envolvidos no torneio.
Em razão disso, o Maringá Vôlei dispensou todos os atletas e equipe técnica - em torno de 15 pessoas. A CBN procurou o treinador na temporada, Alessandro Fadul, mas até o fechamento da reportagem ele não havia respondido à mensagem. O presidente do clube, o levantador Ricardinho, confirmou a dispensa, já prevista em contrato, mas disse preferir não dar entrevista no momento.
A temporada 2019/2020 foi uma das mais difíceis na história do time. Não apenas dentro, mas, principalmente, fora de quadra. Desde novembro de 2019, a patrocinadora oficial do clube não repassou o dinheiro.
O planejamento era ficar entre os oito primeiros para avançar para o mata-mata. Mas, por conta da crise financeira, a situação toda desandou.
Ricardinho, que estava aposentado e atuava como presidente do time, voltou a jogar. O levantador está ofertando o clube para outras cidades, até.
O técnico Alessandro Fadul, em uma das últimas vezes que conversou com a CBN, disse não saber se haveria Maringá Vôlei na próxima temporada depois do que aconteceu.
A Superliga foi cancelada faltando apenas uma rodada para terminar a fase de classificação. O Maringá estava na décima posição, sem chance de obter vaga nos play offs, mas também sem correr o risco de rebaixamento.
Em 21 jogos, foram 16 derrotas e cinco vitórias, resultando em 20 pontos. O aproveitamento, portanto, foi de 23%. O primeiro colocado, Taubaté, terminou com 54 pontos. O segundo, Cruzeiro, 53.
A patrocinadora do Maringá Vôlei era a Tree Part, uma holding que envolve tecnologia e esporte. Um dos braços, a Denk Academy, é quem deu nome ao time. Por conta de uma investigação, os bens da empresa estão bloqueados.
Segundo o advogado do Maringá Vôlei, Tiago Waterkemper, a Tree Part fez promessas que não foram cumpridas. [ouça no áudio acima]
A CBN procurou a Tree Part. Por meio de nota, a direção da empresa confirmou estar com os bens bloqueados. Além disso, disse que a expectativa era pagar em março, mas que, devido à Covid-19, tudo mudou. A sede da empresa é em São Paulo. A nota registrou que o novo cenário impacta a empresa, e que a holding não pode fixar datas porque fugiria ao controle devido ao que tem acontecido.
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