Elas são tão parecidas que é até difícil distinguir quem é quem na hora da entrevista.
As irmãs Beatriz e Débora Carneiro também são muito parecidas no talento. O talento nas piscinas. As gêmeas são paratletas da natação. Elas nasceram com deficiência intelectual e encontraram no esporte o caminho da superação. Chegaram nesta terça-feira de mais uma competição. Na verdade uma maratona de competições que começou dia 23 de agosto em Lima, no Peru, onde as irmãs disputaram o Parapan e de lá trouxeram cinco medalhas, duas de ouro, duas de prata e uma de bronze. Logo na primeira prova de 100 metros peito, especialidade das irmãs, as primeiras medalhas. Débora ficou com a medalha de ouro e Beatriz com a de prata. Nos 200 metros medley lá foram as duas novamente para o pódio. Mas aí elas trocaram de lugar. A Beatriz ficou com o ouro e a Débora com a prata. Deve ter sido curiosa a reação do público. As irmãs tão parecidas revezando os primeiros lugares do pódio.
Do Peru para Londres, onde as paratletas de 21 anos, disputaram o Mundial de Natação Paralímpica, e onde Débora garantiu mais uma medalha, o terceiro lugar nos 100 metros peito. Ela diz que ainda nem acredita no resultado. Afinal disputou ao lado das melhores do mundo.
A Beatriz também está muito feliz, saboreando a sensação de conquistar os resultados depois de muito esforço.
O técnico das irmãs, André Yamazaki, diz cada vitória foi muito comemorada.
As gêmeas perderam a mãe na infância. Foi o pai, Eraldo Carneiro, quem lutou sempre para que as filhas superassem as dificuldades.
O próximo desafio das paratletas será o Global Games, em outubro na Austrália.