Maringá se torna o ponto de encontro dos craques do futsal

No linguajar dos atletas, resenha é jogar conversa fora. Então, uma clínica de reabilitação e treinamento físico voltada para a recuperação de jogadores em Maringá  se tornou uma espécie de templo sagrado da resenha. Quem está em tratamento por lá são as duas das pessoas mais admiradas do futsal mundial: o pivô do Barcelona (Espanha) e da seleção brasileira masculina Ferrão, e a ala Amandinha, do Leoas da Serra (SC) e da seleção brasileira feminina.  

Ferrão, de 29 anos, rompeu o tendão de aquiles no fim do ano passado. Por aqui, veio melhorar a musculatura. Agora, se prepara para viajar com a seleção. Amandinha, de 25 anos, busca condicionamento físico para se apresentar ao time e à seleção. 

Eles não se conheciam pessoalmente - só pela internet. Agora, além de cuidarem juntos da saúde, conversam bastante. Ferrão diz que a resenha não envolve muito futsal porque daí ele sente vontade de jogar. Mas a Amandinha releva: eles falaram sobre isso e se assumiram fominhas, por esse motivo ficaram no futebol de salão, em que o atleta permanece mais tempo com o pé, conta a jogadora.

Ferrão viveu talvez a melhor temporada de sua vida dele em 2019. Pelo Barcelona, o pivô foi artilheiro, fez gol de tudo quanto é jeito, venceu quatro dos cinco principais campeonatos que disputou. E agora é um dos mais cotados para o título de melhor do mundo. O que dependeu dele, foi feito, diz. 

Jogando no Leoas da Serra, time de Lages, Santa Catarina, um time papa-competições, os dribles da ala-esquerda ganham o mundo em vídeos. Desde os 19 anos Amandinha vem recebendo o título de melhor jogadora do planeta. Em 2019, das 10 competições que a atleta disputou, ganhou sete. Dois títulos foram pelo Brasil .  A responsabilidade na seleção brasileira está nos pés dela - que é rápida no toque, no chute. E é por isso que a jogadora busca melhorar todos os dias, conta. 

Ferrão segue fortalecendo os músculos nos próximos dias. Amandinha já irá embora nesta quarta-feira (29). Enquanto eles estão lá, na clínica, a resenha não para. Depois, nos clubes e na seleção, os torcedores esperam que outra coisa não pare: o talento de cada um deles.