No Azerbaijão
Medalhista olímpica, Meg Emmerich, de Maringá, vai disputar mundial de judô paralímpico
Esporte por Iasmim Calixto/GMC Online em 08/10/2022 - 10:32
A judoca maringaense Meg Emmerich, 36 anos, que já representou o Brasil diversos campeonatos, foi convocada para lutar pela Seleção Brasileira de Judô Paralímpico no Campeonato Mundial que será realizado no Azerbaijão, país do extremo leste da Europa.
O campeonato será realizado na cidade de Baku, capital do pequeno país europeu, e reunirá judocas de várias categorias, de dezenas de países.
Meg Emmerich, que nasceu em São Paulo, mas ainda criança veio para Maringá, já leva consigo grandes títulos em sua carreira. A atleta foi medalha de bronze nas Paraolimpíadas de Tóquio 2020 – que, por conta da pandemia da Covid-19, foram realizadas em 2021.
A história de Meg com o judô começou poucos anos depois que ela havia se mudado para Maringá.
“Eu conheci judô aos 15 anos quando me mudei de São Paulo (capital) de onde nasci, para Maringá, com minha família, e em busca de qualidade de vida procurei um esporte. Fiz uma aula experimental e me apaixonei”, conta Meg.
Com mais de 20 anos de prática esportiva, Meg Emmerich representou a seleção brasileira pela primeira vez no mundial de judô de Portugal, em 2018, onde foi medalha de bronze. Ainda no mesmo ano, a judoca foi prata no Campeonato das Américas, no Canadá. A atleta complete na categoria +70 kg.
“Em 2019 fui ouro no Open da Alemanha; fui bronze no Grand Prix em Baku, no Azerbaijão. Bronze no Jogos mundiais em Indiana, nos EUA e medalha de ouro no Para-Pan de Lima, no Perú. Fui bronze em Toshkent, no Uzbequistão e ganhei o troféu paraolímpico em 2019 como melhorou atleta de do judô. Em 2020 fui ouro no pan-americano em Montreal, no Canadá e ouro no German-Open, da Alemanha. Em 2021 fui ouro no Grand Prix de Baku e prata no Grand Prix da Inglaterra”, comenta Meg, uma das mais vitoriosas atletas de Maringá.
A judoca ainda comenta que em sua trajetória no esporte, em todas as competições que participou, trouxe uma medalha ao Brasil. E esse é o seu maior orgulho.
“Graças a Deus todas as competições que participei eu trouxe uma medalha para o Brasil. Eu estou na seleção brasileira desde 2018, mas treino judô desde 2003, então um dos motivos [para os bons resultados] é a experiência e toda equipe técnica multidisciplinar e parceiros de treino que me apoiam.”
Mas para conquistar tantos títulos e medalhas, a percurso não foi fácil. Meg foi diagnosticada com atrofia do nervo óptico ainda pequena. Ela conta que têm apenas 20% da visão em cada olho, mas que mesmo com as dificuldades, encontrou no esporte uma filosofia de vida nunca abriu mão.
“O esporte transforma vidas. O judô é uma filosofia de vida e nele encontro vários princípios que serão utilizados por toda minha vida. Encontrei no judô amizade, respeito, fortalecimento do corpo e do espírito.”
Além de ser uma atleta vitoriosa, com uma carreira sólida e de destaque, ela também divide a vida com a família. Meg não é somente uma gigante dos tatames, mas também é mãe e esposa, guerreira das lutas diárias.
“Hoje sou casada e mãe de um lindo menino de 6 anos chamado Óliver. Meu marido, Ives Emmerich, também é faixa preta [no judô] e me ajuda a treinar. Nos campeonatos brasileiros ele viaja comigo como técnico. Meu filho também me apoia se comportando muito bem quando fica com o papai e os avós para que eu possa viajar”, comenta a judoca, com um sorriso no rosto.
Agora, Maringá e todo o Brasil está na torcida por Meg, que se prepara para cruzar o mundo e pousar no Azerbaijão, em busca de mais vitórias no campeonato mundial de judô, que acontece entre os dias 8 e 10 de novembro.
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