Os especialistas concordam que crianças adotadas precisam saber que foram adotadas.
Toda criança tem direito de saber a sua origem biológica para a construção da própria identidade.
Descobrir na fase adulta que os pais não são biológicos pode ser traumático.
A história de dois paranaenses que foram adotados de forma ilegal e só descobriram a própria origem porque investigaram por conta própria; ganhou destaque nos últimos dias.
Uma dessas histórias é a do médico curitibano João Malmann, que descobriu a mãe biológica em Apucarana.
Em entrevista ao DNACast da Genera, no Youtube, o médico conta que começou a desconfiar que era adotado quando fez, por curiosidade, um teste de ancestralidade. [ouça o áudio]
Outro caso de adoção ilegal é o da produtora cultural Graziela Calazans. Ela sempre conviveu com uma sensação de não pertencimento e investigou as origens, descobrindo a história da mãe biológica, que já morreu, e reencontrando familiares em Maringá. [ouça o áudio]
A CBN não conseguiu contato com as famílias adotivas.
Nas redes sociais, o escritório de advocacia que representa a família adotiva do médico João Malmann publicou o seguinte:
“É importante primeiro explicar que a adoção do João foi à brasileira, algo que era muito comum no passado, onde crianças eram deixadas na porta de lares ou tinham a sua adoção intermediada por aqueles que não tinham condições de criar os seus filhos e acabavam doando à uma família que tinha melhores condições de fazê-los, esse é o cenário que abraça a vida de João.”