Por conta da crise, sete atletas já deixaram o Maringá Vôlei
Torcedores fazem vaquinha para o clube permanecer na Superliga Masculina de Vôlei. |Foto: Screenshot/04-02-2020

Quase insustentável

Por conta da crise, sete atletas já deixaram o Maringá Vôlei

Esporte por Victor Simião em 04/02/2020 - 16:09

Com essas saídas, levantador Ricardinho, que tinha se aposentado, volta a jogar. Torcedores fazem vaquinha para o clube permanecer na Superliga Masculina de Vôlei.

 

A situação está quase insustentável. Dos 17 atletas que o Maringá Vôlei contratou para a temporada 2019/2020, sete deixaram o clube. O motivo: atrasos no salário. Há quatro meses sem repasses da Treepart, uma holding que se tornou a única patrocinadora da equipe, os jogadores têm preferido ir para outros clubes - até mesmo da segunda divisão.

O custo de uma temporada do Maringá fica em torno de R$ 1,5 milhão. O Maringá Vôlei é uma das duas representantes do Paraná na Superliga Masculina de Vôlei, a elite do esporte no país. O torneio conta com 12 clubes. 

Entre outros, deixaram o time o ponteiro Lorena, o oposto Lucas Borges e até o levantador Lucas Bermudez, sobrinho do presidente da equipe, o ex-levantador do Maringá e campeão olímpico Ricardinho. 

Ex-levantador, não. Levantador. Ricardinho anunciou o retorno às quadras para ajudar o clube. Aposentado desde 2018, o atleta, aos 44 anos, irá se sacrificar para manter o time na elite do vôlei brasileiro.

Atualmente, o Denk Maringá é o sétimo colocado na Superliga, com 17 pontos. 

A Treepart é uma holding que atua com tecnologia. Um dos braços dela é a Denk Academy, que dá o nome ao time. A empresa está com bens bloqueados na justiça devido a uma investigação. Era ela quem sustentava o time e o projeto social de Ricardinho. 

A empresa se ofereceu para patrocinar tudo, por isso pegamos. Não foi um erro, disse o presidente do clube e novamente levantador. 

O próximo compromisso do time é contra o líder da Superliga, o Sada Cruzeiro, na quinta-feira (06)  à noite. Embora seja de mando do Maringá, o jogo será em em Minas Gerais - e os custos ficam para o adversário. As passagens aéreas estão sendo custeadas pela Confederação Brasileira de Vôlei. O Sada também está ajudando o Maringá Vôlei com os custos da viagem seguinte, para a partida do dia 8 de fevereiro, contra o Sesi, em São Paulo. 

Uma vaquinha online está sendo feita por torcedores. O valor estipulado é de R$ 1, 8 milhão. Até o momento foram obtidos R$ 13 mil. 

A Treepart divulgou nota dizendo que pretende regularizar os pagamentos até março. Como não há nenhum dinheiro sendo depositado desde novembro, a diretoria tem buscado patrocinadores. Ao menos duas empresas de Maringá, a Ingá Tintas e a Metal Tintas,  já se dispuseram a ajudar. 

 

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