Sete anos depois de ter se tornado realidade, o sonho acabou. O Maringá Vôlei, projeto liderado pelo ex-jogador e dirigente Ricardo Garcia, o Ricardinho, deixou de existir. A informação foi obtida pela CBN de forma exclusiva, já que não houve anúncio oficial.
O clube surgiu em 2013, para disputar a temporada 2013/2014 da Superliga Masculina, a elite do vôlei brasileiro. Logo no início, o equipe contou com nomes de peso; além do próprio Ricardinho, campeão olímpico, veio o oposto Lorena, campeão mundial pela seleção brasileira.
Por ser um projeto novo, houve ampla cobertura da imprensa local e de fora, além de patrocinadores.
Nas duas primeiras temporadas, o Maringá chegou às quartas de final da competição- que era o principal objetivo. Na terceira, 2015/2016, a situação começou a ficar ruim. O time foi irregular, e terminou rebaixado.
Por possibilidades no regulamento, voltou ao torneio 2016/2017 na elite, mas fez mais uma vez um campeonato ruim - terminando na décima colocação, uma posição acima da zona de rebaixamento.
Na Superliga 2017/2018, mais um rebaixamento. Após o término do torneio, Ricardinho, aos 42 anos, anunciou a aposentadoria das quadras. Iria focar em um projeto pessoal e seguiria como presidente do time.
Na temporada seguinte, 2018/2019, mais uma vez por motivos de regulamento, o Maringá Vôlei retornou à elite e até chegou às quartas de final. Parecia que a situação ia melhorar para o clube.
Aí veio o período 2019/2020.
O clube anunciou um patrocinador que pediu exclusividade. E parecia que era um novo começo. No fim do ano passado, o Maringá conquistou o primeiro e único título da história: o Campeonato Paranaense.
O ânimo deu lugar a problemas logo depois, durante a Superliga. A temporada foi irregular, e no fim de 2019 atletas passaram a deixar o clube por falta de pagamento, resultado de problemas com o patrocinador. A situação se tornou tão ruim que Ricardinho colocou a aposentadoria de lado e voltou a jogar pelo clube, aos 44 anos.
Chegou à pandemia em março, e a Confederação Brasileira de Vôlei encerrou o torneio. Como ficou na décima colocação, o time evitou o rebaixamento.
O Maringá Vôlei foi chamado para participar da temporada 2020/2021, mas declinou. É que o projeto acabou por falta de patrocínio e apoio.
A CBN procurou Ricardinho para comentar o encerramento. Ele preferiu não gravar entrevista, mas confirmou o fim do projeto.
Em fevereiro deste ano, o campeão olímpico já havia fechado um projeto social que levava o nome dele e ofertou de forma pública o Maringá Vôlei para outras cidades. Segundo ele informou a CBN à época, houve procura por pessoas de outros municípios. Para o ex-atleta, faltava apoio local, como disse na ocasião.
A situação não foi adiante devido à pandemia.
Ao longo da sete temporadas, um dos grandes destaques foi a torcida maringaense. Que, agora, fica mais uma vez sem um time na elite do vôlei.